domingo, 12 de abril de 2009

É tentar esquecer e não conseguir fugir.

Fui durona, mais do que eu acreditava ser. No começo foi difícil, sempre é. Mas depois acostumei. Acabei deslembrando. Mas aí o convívio foi ficando cada vez mais constante, isso começou a mexer comigo mais do que mexia antes. Minha cabeça deu um nó. Eu já não consigo perceber o sentimento que impera. Quando ele chega perto fico nervosa, sem jeito, boba. Antes parecia ser tão mais normal, era como se qualquer outra pessoa estivesse ali perto de mim, mas agora não. Agora é diferente, a ansiedade surge descomedidamente quando eu sei que vou estar perto dele; frio na barriga, insegurança; é tanta coisa junta que eu nem sei administrar direito. E quando o encontro acontece, eu gelo. Meu corpo se esfria e as batidas do meu coração começam a se acelerar sem controle. Meus hormônios só se nivelam quando ele abre aquele sorriso simetricamente alucinante, e me abraça. Um abraço comum, mas que pra mim parece ter magia, satisfação e felicidade. É como se tudo ao redor continuasse sem nos perceber, e dentro do espaço que comporta nossos corpos tudo acontecesse calma e carinhosamente; como em um momento pré-imaginado. Fantástico. Essa sensação me passa em segundos. Tudo se acalma; como se o fechamento daquele encontro tivesse acontecido exatamente como eu esperava, e então eu consigo relaxar e me sentir aliviada e mais uma vez, como se fosse a primeira; apaixonada.

Um comentário:

Ana Karenyna disse...

Descritivo, apaixonante... gostoso de ler. Eis aqui o dom de se entender com as palavras. Lindo!